Conflito no PL: Presidente Impede Eduardo Bolsonaro de Avançar em Comissão, Enquanto Deputado Decide se Licenciar para Viver nos EUA"
Valdemar Costa Neto afirma categoricamente que não foi ele quem impediu a indicação. Essa situação o deixou sem argumentos para explicar a perda do cargo, o que pode ter influenciado sua escolha de tirar uma licença e embarcar em uma viagem aos Estados Unidos.
ASSUNTOS DIVERSOS
3/18/20252 min ler
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que é filho do presidente Jair Bolsonaro — Imagem: Adriano Machado/Reuters.
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, comunicou há alguns dias ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que ele não poderia assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
A avaliação de Valdemar, segundo pessoas próximas, é que aumentar a tensão neste momento prejudica não apenas o partido, mas também o próprio Bolsonaro.
De acordo com fontes do PL, Valdemar conversou com Eduardo Bolsonaro no último domingo (16). O impedimento, confirmado ao blog por fontes do partido e do Supremo Tribunal Federal (STF), indica um movimento de Valdemar para distensionar a relação com o Judiciário.
A posição de Valdemar, que acredita não ser o momento adequado para declarar guerra contra o Supremo, já havia sido divulgada na semana passada. Por meio de um assessor, Valdemar nega que tenha impedido a participação de Eduardo na comissão e afirma não se lembrar exatamente do momento em que conversou com o deputado. Segundo ele, o assunto não foi abordado, e a conversa girou em torno de uma vereadora de São Paulo.
Ainda conforme o assessor do presidente do PL, a indicação de Eduardo Bolsonaro era considerada certa. Na quinta-feira (13), a Câmara realmente acreditava na confirmação da indicação de Eduardo. No entanto, algo ocorreu entre esse momento e o presente que levou o deputado a mudar de direção. De acordo com integrantes do Supremo, a decisão do partido deixou Eduardo sem um discurso político que justificasse a perda do cargo, o que o motivou a solicitar uma licença e viajar para os Estados Unidos.
Por outro lado, a versão apresentada por aliados de Eduardo e pelo próprio deputado é diferente: ele alega estar sendo perseguido. Valdemar, por sua vez, tem buscado um entendimento com o STF e ficou de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada aos ataques de 8 de janeiro de 2023 e à tentativa de golpe de Estado.